A natureza das coisas.
Com um título tão pomposo, podia pensar-se que eu ia falar sobre coisas sérias. Não vou. Como pertenço aquele grupo dos jovens em início de vida, procurei casa, encontrei-a e agora procuro mobilá-la.
Todo este palavreado serviu apenas para dar uma aparência de causa de justificação para um marmanjo de barba desgrenhada ir a um quiosque adquirir a caras decoração. Sim, a caras decoração. A revista é uma boa revista (de decoração). Não, não quero saber da El Mueble, a preferida dos intelectuais de esquerda da decoração (de esquerda, porque sabemos que só a esquerda têm intelectuais, e isto aplica-se em todas as especializações possíveis). Eu quero lá saber dos móveis que se podem comprar em Espanha, eu não vou a Espanha para comprar móveis! Eu nem sequer sabia que havia tantas lojas de decoração em Portugal, para além do Ikea, Habitat e Gato Preto.
Estava portanto a folhear a Caras Decoração (e sei que vou ficar traumatizado por isso). A natureza da revista saltou, pululou, gritou e espancou o meu intelecto na secção do escritório doméstico.
Então não é que depois de dizerem que a música é fundamental para um bom ambiente de trabalho e para pequenos momentos de descontração, recomendam uma pequena aparelhagem integrada da Sony no valor de 150 euro. Até aqui nada de estranho... Mas o problema é que, segundo o raciocínio da Caras, quem tem aparelhagem, tem cd's, quem tem cd's, tem de os guardar. E qual é a peça escolhida? Um arquivador de Cd's em pele no valor de 1.100 euro!
A música que é fundamental - 150 euro.
O móvel que guarda a música - 1100 euro.
Já agora, mas não tão evidente, é engraçado que na fotografia do móvel estejam guardados apenas Cd's da Colecção de Jazz da Blue Note que se vende apenas em tabacarias e quiosques.
Não conhecesse eu a colecção (que recomendo) e diria que de qualidade só o móvel. Pena que não dê música.
Consequencias duma mens decorationis. (latim macarrónico)
Todo este palavreado serviu apenas para dar uma aparência de causa de justificação para um marmanjo de barba desgrenhada ir a um quiosque adquirir a caras decoração. Sim, a caras decoração. A revista é uma boa revista (de decoração). Não, não quero saber da El Mueble, a preferida dos intelectuais de esquerda da decoração (de esquerda, porque sabemos que só a esquerda têm intelectuais, e isto aplica-se em todas as especializações possíveis). Eu quero lá saber dos móveis que se podem comprar em Espanha, eu não vou a Espanha para comprar móveis! Eu nem sequer sabia que havia tantas lojas de decoração em Portugal, para além do Ikea, Habitat e Gato Preto.
Estava portanto a folhear a Caras Decoração (e sei que vou ficar traumatizado por isso). A natureza da revista saltou, pululou, gritou e espancou o meu intelecto na secção do escritório doméstico.
Então não é que depois de dizerem que a música é fundamental para um bom ambiente de trabalho e para pequenos momentos de descontração, recomendam uma pequena aparelhagem integrada da Sony no valor de 150 euro. Até aqui nada de estranho... Mas o problema é que, segundo o raciocínio da Caras, quem tem aparelhagem, tem cd's, quem tem cd's, tem de os guardar. E qual é a peça escolhida? Um arquivador de Cd's em pele no valor de 1.100 euro!
A música que é fundamental - 150 euro.
O móvel que guarda a música - 1100 euro.
Já agora, mas não tão evidente, é engraçado que na fotografia do móvel estejam guardados apenas Cd's da Colecção de Jazz da Blue Note que se vende apenas em tabacarias e quiosques.
Não conhecesse eu a colecção (que recomendo) e diria que de qualidade só o móvel. Pena que não dê música.
Consequencias duma mens decorationis. (latim macarrónico)
2 Comments:
No El Mueble isso nunca teria acontecido.
Touché
clap, clap, clap.
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