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A Torre de Babel

"Asseguram os ímpios que o disparate é normal na Biblioteca e que o razoável (e mesmo a humilde e pura coerência) é quase milagrosa excepção."

Jorge Luís Borges, A Biblioteca de Babel

 

 

terça-feira, junho 21, 2005

Apontamentos

1) A educação, a saúde a a segurança social representam uma fatia tão grande da despesa pública que, sem se mexer aqui, nada de importante é possível;

2) Idem para a despesa associada a dívida passada;

3) Sendo a defesa nacional importante, é tão importante que deva absorver uma fatia expressiva da capacidade do país investir no seu próprio futuro?

4) O limite imanente aos impostos - a capacidade de serem tolerados pela sociedade - não se aplicará também à solidariedade intergeracional? Ou, dito de outra forma, até quando esperam que os jovens activos, que já pagam impostos (a geração que tem entre 18 e 35 anos, grosso modo) suportem passivamente o progressivo delapidar do seu futuro pelos seus progenitores e avós?